Qual o papel do Psicoterapeuta?

Freud declara a atuação de um psicoterapeuta como "a atuação de um professor, de um esclarecedor de uma concepção de mundo melhor e mais nova".

"O psicanalista(psicoterapeuta) é em primeiro lugar um moralista. Ele exerce influência sobre o comportamento moral e ético das pessoas." International Journal of Psychoanalysis, F. Gordon Pleune.

"É o terapeuta quem deve decidir o que é bom e o que é mau no comportamento humano". L. Kransner (Behavior Therapy)

"Na vida, o que importa não é dar sentido, mas encontrá-lo. A vida não equiva a um teste de Rorschach, e sim a um enigma que precisa a ser decifrado. "

"Sentido não pode ser dado, mas precisa ser descoberto." Viktor Flankl

Extraído em "A presença ignorada de Deus" - Viktor Flankl

Neurotransmissores

Neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas, por meio das quais elas podem enviar informações a outras células. Mais de 70 neurotransmissores foram identificados e outros, certamente, serão descobertos. Além disso, alguns neurotransmissores podem ligar-se a mais de um tipo de receptor, provocando diferentes efeitos.

Formação
Os neurotransmissores são produzidos na célula transmissora e são acumulados em vesículas, as vesículas sinápticas. Isto também pode ocorrer por ação direta de uma substância química, como um hormônio, sobre receptores celulares pré sinápticos.

Liberação
Quando um potencial de ação ocorre, as vesículas se fundem com a membrana plasmática, liberando os neurotransmissores na Fenda sináptica. Estes neurotransmissores agem sobre a célula receptora, através de proteínas que se situam na membrana plasmática desta, os receptores celulares pós-sinápticos. Os receptores ativados geram modificações no interior da célula receptora, através dos segundos mensageiros. Estas modificações é que originarão a resposta final desta celula.

Neuropeptídeos
Esses são formados por cadeias mais longas de aminoácidos (como uma pequena molécula de proteína). Sabe-se que mais de 50 deles ocorrem no cérebro e muitos deles têm sido implicados na modulação ou na transmissão de informação neural.


Neurotransmissores importantes e suas funções

Acetilcolina (ACh) A acetilcolina controla a atividade de áreas cerebrais relaciondas à atenção, aprendizagem e memória. Pessoas que sofrem da doença de Alzheimer apresentam tipicamente baixos níveis de ACTH no córtex cerebral, e as drogas que aumentam sua ação podem melhorar a memória em tais pacientes. É liberada pelo sistema autônomo parassimpático.

Serotonina Esse é um neurotransmissor que é incrementado por muitos antidepressivos tais com o Prozac, e assim tornou-se conhecido como o 'neurotransmissor do 'bem-estar'. ' Ela tem um profundo efeito no humor, na ansiedade e na agressão. Conhecido como "molécula da felicidade.

Noradrenalina Principalmente uma substância química que induz a excitação física e mental e bom humor. A produção é centrada na área do cérebro chamada de locus coreuleus, que é um dos muitos candidatos ao chamado centro de "prazer" do cérebro. A medicina comprovou que a norepinefrina é uma mediadora dos batimentos cardíacos, pressão sanguínea, a taxa de conversão de glicogênio (glucose) para energia, assim como outros benefícios físicos.

Glutamato O principal neurotransmissor excitante do cérebro, vital para estabelecer os vínculos entre os neuroônios que são a base da aprendizagem e da memória a longo prazo.

Encefalina e Endorfina Essas substâncias são opiáceos que, como as drogas heroína e morfina, modulam a dor, reduzem o estresse, etc. Elas podem estar envolvidas nos mecanismos de dependência física.

GABA Essa substancia é um transmissor inibitório importante, na verdade a maioria da sinápses do cérebro usam GABA.

Dopamina A dopamia é quimicamente muito semalhante à norepinefrina. A liberação da dopamina em certas áreas do cérebro produz intensas sensações de prazer, e a pesquisa atual está investigando o papel da dopamina no desenvolvimento da adicções.

Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Neurotransmissor
E Introdução a Psicologia de Hilgrad 13º Edição

Neurônios

Tomamos conciência e nos adaptamos ao ambiente através do sistema nervoso, órgão dos sentidos, glândulas e músculos. Nossos órgãos do sentido detectam, o cérebro interpreta através de processos gerados por eventos elétricos e químicos do cérebro. Aspectos do comportamento são melhor compreendidos com algum conhecimento de processos biológicos subjacentes, vamos entender mais sobre os neurônios.

O que são?
Neurônios são a unidade básica do sistema nervoso. Uma cécula especizada que transmite impulsos a outros neurônios, glândulas e músculos. Existem os neurônios locais, que transmitem a neurônios adjacentes e os macroneurônios que transmitem impulsos a outros neurônios, glândulas e músculos.

Composição do Neurônio
Dentritos (do grego dentron, quer dizer árvore)

Axônio Extenção tubular celular

Neurotransmissores (Terminais sinápticos/Botão terminal/Axônios terminais)

Bainha de Milena Capa isolante que colabora para aumentar a velocidade do impulso nervoso.


Classificados em três categorias
1) Neurônios sensoriais) Transmitem impulsos recebidos pelos receptores do sistema nervoso central.

2) Neurônios motores) Conduzem sinais de saída do cérebro ou da medula espinal para os músculos e glândulas.

3) Interneurônios) Recebem sinais dos neurônios sensoriais e emitem impulsos para outros interneurônios ou para neurônios motores.

Receptores) São células especializadas nos órgans do sentido, músculos, pele e articulações que detectão variações físicas e químicas e tratam esses eventos em impulsos que percorrem os neurônios sensoriais.


Como ocorre a neurotransmissão?
Os neurotransmissores não chegam a tocar o neurônio adjacente. É liberada uma secreção de um neurotransmissor, uma substância química que se propaga pela fenda sináptica e estimula o neurônio seguinte. * O axônio de muitos neurônios fazem sinápse com os dentritos de um único neurônio.

Fonte: Instrodução a Psicologia de Hilgrad 13º Edição


Sinapse
Sinapses nervosas são os pontos onde as extremidades de neurónios vizinhos se encontram e o estímulo passa de um neurônio para o seguinte por meio de mediadores químicos, os neurotransmissores.

As sinapses ocorrem no "contato" das terminações nervosas (axônios) com os dendritos. O contato físico não existe realmente, pois ambas estruturas estão próximas, mas há um espaço entre ela (fenda sináptica). Dos axônios são liberadas substâncias (neurotransmissores), que atravessam a fenda e estimulam receptores nos dendritos e assim transmitem o impulso nervoso de um neurónio para o outro.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Entendendo Id, Ego e Superego

Id (instintos, inpulsos que move a ação enégica)
Formado por instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes e regido pelo princípio do prazer, que exige satisfação imediata. É a energia dos instintos e dos desejos em busca da realização desse princípio do prazer. O Id é a estrutura da personalidade original, básica e central do ser humano, exposta tanto às exigências somáticas do corpo às exigências do ego e do superego.

Ego (o eu que controla e decide, ajuda no equilíbrio entre o Id e o Superego)
É é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. Tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego. Quando o ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável.

Superego (conciência de juízo, depósito das leis)
Manifesta-se à consciência indiretamente, sob forma da moral, como um conjunto de interdições e deveres, e por meio da educação, pela produção do "eu ideal", isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa. É o nosso "depósito" de códigos morais, de condutas e construtos que constituem as inibições da personalidade.


* Quando um mecanismo, atua em extremo sobre os demais gera transtornos de personalidade, que são as doenças psíquicas.


Obtido e em: http://pt.wikipedia.org/ (com acréscimos)

A Cura Mental . Ellen White

Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte.

A doença é muitas vezes produzida, e com freqüência grandemente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida como inválidos poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pensassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são esperados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária.

O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma. "O coração alegre serve de bom remédio." Prov. 17:22.
No tratamento do enfermo não se deveria esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a doença.


O médico deve educar o povo a volver o olhar do humano para o divino. Em lugar de ensinar o enfermo a confiar em criaturas humanas quanto à cura da alma e do corpo, deve dirigi-lo Àquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos a Ele se chegam. Aquele que fez a mente do homem sabe o que ela necessita. Unicamente Deus é quem pode curar. Aqueles que se acham doentes da mente e do corpo têm de ver em Cristo o restaurador. "Porque Eu vivo", diz Ele, "vós vivereis." João 14:19.

Esta é a vida que nos cumpre apresentar aos doentes, dizendo-lhes que, se tiverem fé em Cristo como restaurador, se com Ele cooperarem, obedecendo às leis da saúde, e se esforçando por aperfeiçoar a santidade em Seu temor, Ele lhes comunicará Sua vida. Quando por essa maneira lhes apresentamos a Cristo, estamos transmitindo um poder e uma força de valor, porquanto vêm de cima. Esta é a verdadeira ciência da cura do corpo e da alma.


Fonte: Ellen White, Ciência do Bom Viver, págs. 341, 343, 344.

Inteligência Múltiplas

Inteligências múltiplas é uma teoria desenvolvida a partir dos anos 80 por uma equipe de pesquisadores da universidade de Harvard, liderada pelo psicólogo Howard Gardner, que identificou sete tipos de inteligência. Esta teoria teve grande impacto na educação no início dos anos 90.


As inteligências
1. Lógico-matemática: Capacidade de analisar problemas, operações matemáticas e questões científicas. (matemáticos, engenheiros, cientistas)
2. Linguística: Sensibilidade para a língua escrita e falada. (oradores, escritores, poetas.)
3. Espacial: Capacidade de compreender o mundo visual de modo minucioso. (arquitetos, desenhistas, escultores)
4. Musical: Habilidade para tocar, compor e apreciar padrões musicais. (Músicos, compositores, dançarinos)
5. Físico-cinestésica: Potencial de usar o corpo para dança, esportes. (Mímicos, dançarinos, desportistas)
6. Intrapessoal: Capacidade de se conhecer. (escritores, psicoterapeutas, conselheiros)
7. Interpessoal: Habilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outros. (Políticos, religiosos, professores)
8. Naturalista: Sensibilidade para compreender e organizar os padrões da natureza (paisagistas, arquitetos, mateiros)

Trajetória da teoria
Depois de quase duas décadas de tentativas de estudiosos de explicar a inteligência, Howard Gardner a conceitua de modo mais refinado como: "um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura".
Em seu processo de revisão de sua teoria Gardner acrescentou a Inteligência Natural à lista das inteligências originais, que refere-se à habilidade de reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna e flora e devido às suas contribuições para uma maior compreensão do meio ambiente e de seus componentes.

Porém, o mesmo não ocorre com a Inteligência Existencial ou Espiritual, embora o autor se sinta interessado, ele conclui que “o fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência - pelo menos por ora” – conclui o autor da Teoria, em seu recente livro entitulado “Inteligência: um conceito reformulado” (2001).

Gardner explica que as inteligências não são objetos que podem ser contados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros.

Obtido em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Intelig%C3%AAncias_m%C3%BAltiplas

Ligações externas:
Inteligências múltiplas (pdf)

Entrevista Augusto Cury

Augusto Cury desenvolveu uma teoria sobre o funcionamento da inteligência e construção da mente, a chamada “Inteligência Multifocal”, e aplicou-a aos evangelhos. Resultado: Jesus é o paradigma da boa saúde mental. Psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor, Augusto Cury, brasileiro, é o autor da série “Análise da inteligência de Cristo”, cinco livros sobre a personalidade do fundador do cristianismo: “O Mestre dos Mestres”, “O Mestre da Vida”, “O Mestre do Amor”, “O Mestre Inesquecível” e “O Mestre da Sensibilidade” (editados nas Paulinas). De passagem por Portugal, para apresentar o livro “Treinando a emoção” (ver CV de 1-12-04), o Correio do Vouga interrogou Augusto Cury sobre Jesus, “o referencial da saúde psíquica num mundo que convida à depressão”. Por Jorge Pires Ferreira


Correio do Vouga: Como chegou ao encontro com Jesus Cristo?

Augusto Cury: Costumo dizer que eu era um dos maiores ateus à face da terra. Como sou cientista da área da construção do pensamento, tive oportunidade de, durante quase 20 anos, desenvolver uma das poucas teorias mundiais sobre o funcionamento da mente. Em alguns momentos da minha via questionei se Deus não seria fruto das ideias dos homens, da fantasia, do mundo dos pensamentos. Nesse aspecto, fui muito mais crítico do que Nietzsche, que escreveu sobre a morte de Deus, Karl Marx, que considerava a religião como o ópio do povo, Freud, que era um judeu ateu, Jean-Paul Sartre, filósofo existencialista ateu…

E depois de desenvolver a teoria da inteligência multifocal, uma das teorias mais complexas da actualidade, comecei a investigar as grandes personagens da história: como desenvolveram as suas ideias, como se tornaram grandes pensadores; e cheguei até Jesus Cristo. Comecei a investigar as suas quatro biografias, os chamados evangelhos. E analisei seriamente, detalhadamente, as suas reacções, os seus pensamentos, a maneira como protegia a sua emoção, a maneira como actuou com os discípulos, as suas acções, como navegava nas águas das emoções. Percebi que, do ponto de vista psicológico, é simplesmente impossível o autor humano criar uma personagem com as características que ele teve.


Correio do Vouga: Ou seja, contra o que dizem os ateus, é impossível que Jesus tenha sido inventado.

Augusto Cury: Exatamente. Tive que crer nele. Fiquei profundamente apaixonado pela sua personalidade. Investiguei do ponto de vista científico – e não religioso – os actos de Jesus, como aquele em que Judas o trai com o beijo. Em relação a esse momento, a psicologia e a psiquiatria esperam que uma pessoa profundamente decepcionada e traída reaja sempre sem brilhantismo na sua inteligência, sem raciocínio, como um animal, numa situação de instinto. Mas Jesus geriu os pensamentos, abriu janelas na sua mente, olhou para Judas, fitou os seus olhos e disse-lhe: “Amigo, para que vieste?” Nunca na história uma pessoa traída e prostrada reagiu como Jesus no acto na traição. Ele inclui o seu traidor e dá-lhe até ao último momento uma oportunidade para que pudesse rever a sua história e reescrever os capítulos mais importantes da sua vida.

Sob o ângulo da psicologia, não há dúvida nenhuma que Jesus foi real. Episódios como este não poderiam ser inventados.


Correio do Vouga: Ou seja, contra o que dizem os ateus, é impossível que Jesus tenha sido inventado. Isso levou-o a ser crente? Cristão? Católico?

Augusto Cury: Levou-me a ser um cristão sem fronteiras. Sou muito amigo de muitos padres, no Brasil e fora do Brasil. Também sou amigo de líderes protestantes. O meu desejo é que os meus livros possam ajudar todo o tipo de pessoas, de qualquer religião, até budistas, muçulmanos, ateus… Quem rejeita Jesus Cristo, com tudo o que ele disse e fez, é porque não questionou assim tão profundamente o que ele foi e fez. A minha pretensão, enquanto cientista, é fazer com que a sua personalidade seja um referencial de saúde psíquica. É por isso que muitos padres têm usado os meus livros nas homilias, nos discursos…

Muitas pessoas saem da depressão ou resolvem os seus problemas de pânico e ansiedade com a análise da inteligência de Cristo. Analisar a inteligência de Cristo, sabendo que é impossível escrever a sua biografia, nos moldes que a entendemos, não é uma pretensão desmesurada?

Muitas pessoas disseram que eu fui ousado demais, quando comecei a publicar a série “Análise da inteligência de Cristo”; mas logo que começaram a ler os textos, ficaram profundamente tocados. A psiquiatria, em vez de ficar grande ao pé de Jesus Cristo, fica pequena. A psicologia, em vez de se exaltar, fica pequena. Eu apenas usei as ferramentas destas ciências para analisar a sua personalidade com bastante humildade e respeito. Se fui ousado, é porque toda a ciência tem de ser ousada. O resultado é que as pessoas ficam admiradas e percebem que ele teve o mais alto grau de maturidade, de sabedoria.

Jesus tornou-se um referencial de saúde psíquica que a psicologia nunca teve. Teve uma vida alegre, saudável, estável, gentil, solidária, apesar de o mundo conspirar contra ele.


Correio do Vouga: Acha então que um cristão pode suportar melhor as emoções, o stress, as doenças psíquicas…

Augusto Cury: Exactamente. Jesus foi estudado ao longo dos séculos sob o ponto de vista teológico. Mas ninguém investigou como é que ele protegeu as suas emoções nos focos de tensão, porque é que ele teve todos os motivos para ter depressão e ansiedade, mas foi extremamente saudável, tranquilo e sereno? Por exemplo, quando adolescente, ele pegava no martelo e golpeava os pregos que cravava na madeira. Ele sabia que ia morrer assim.


Correio do Vouga: Quer dizer que ter sido carpinteiro foi uma preparação para a cruz, estava no plano divino?

Augusto Cury: Eu realmente creio nisso. Não foi acidental. Foi um teste para ver se ele suportava o mais alto grau de ansiedade. Há muita gente que pensa que vai morrer de enfarte e está bem de saúde, morrer de cancro e está bem de saúde… sofrem por coisas que não têm. São obsessivos compulsivos. Há milhões de pessoas assim. Sofrem por antecipação. Jesus tinha todos os motivos para esmagar a sua emoção por saber a maneira como morreria, mas conseguiu encontrar poesia no caos, conseguiu abrir horizontes, mesmo quando não havia estrada.


Correio do Vouga: Qual o episódio da vida de Jesus que mais o fascina?

Augusto Cuty: Foi o momento em que Pedro o negava, perto do sinédrio. Jesus estava mutilado e ferido, sangrando, com edemas. Qualquer pessoa, quando sofre um traumatismo, por pequeno que seja, como um corte num dedo, reage, pelo menos num primeiro momento, sem pensar. É o nosso instinto de ser vivo que reage. No momento em que Jesus estava a ser mutilado era impossível ter uma reacção inteligente, sóbria, lúcida, altruísta. Ora, enquanto ele estava ser golpeado fisicamente, Pedro golpeava a sua emoção, negando-o. Na terceira negação, Jesus Cristo consegue, como “Mestre dos mestres”, abrir a sua mente, esquecer a sua dor. Jesus olha para Pedro e Pedro olha para Ele. Os olhares cruzam-se. Nunca na história houve olhar tão lindo como este.

O Mestre e o discípulo, dizendo que não o conhecia, que nunca andara com Ele. Naquele momento, Jesus gritou no silêncio. O olhar foi mais eloquente do que milhares de palavras. Ele disse a Pedro: “Podes negar-me, mas quero dizer-te que te compreendo. Podes negar-me, mas eu nunca deixarei de te amar. Fazes parte da minha história para sempre”. Pedro saiu e foi chorar. Cada lágrima foi um rio emocional, que foi registado no território da emoção.

Pedro começa a compreender a grandeza do seu mestre no máximo do seu erro. A partir daí, Pedro tornou-se solidário e amável e compreendeu a fragilidade dos outros. Jesus, com um olhar, conseguiu ensinar o que as faculdades de psicologia não ensinam durante cinco anos: o ser humano é uma pérola única no teatro da vida, que devemos amar, apesar dos seus erros.

Correio do Vouga: Havendo quatro evangelhos, há diferença ao nível da psicologia entre o Jesus de João e o de Mateus, Marcos ou Lucas?

Augusto Cury: Há várias versões, mas existe uma coerência que é impressionante. Em todos eles, Jesus trabalha a personalidade dos discípulos. Semeava neles as mais belas funções da inteligência. Trabalhou com os discípulos sem esperar o retorno imediato. Nos longos anos após a sua morte, a semente eclodiria e mudaria a paisagem do mundo. Sem uma comitiva, não se afastando mais do que 300 km da sua terra, sem ter um exército, uma equipa de marketing, chamou 12 discípulos, completamente “despreparados” para a missão, e gerou a mais excelente equipa de pensadores que mudaram a face do mundo.

São mais dois mil milhões de seguidores; e parte do globo que não o segue, respeita-o profundamente. Ele está no Alcorão, e o budismo – embora seja anterior ao cristianismo – é influenciado pelas suas ideias.

Correio do Vouga: Refere os seguidores de Cristo, mas nos seus escritos nunca fala da Igreja. Fala do fundador, mas não da comunidade.

Augusto Cury: Eu não tiro conclusões sobre a Igreja, porque o meu objectivo é ajudar as pessoas de todas as culturas, de todas as raças. Se me colocasse como cristão de uma religião específica, certamente fecharia as portas da compreensão para as religiões não cristãs. O meu desejo é levar as pessoas a perceber que a vida é um espectáculo único, por detrás da cortina da existência existe o autor da vida e esse autor um dia manifestou-se por meio do seu filho, andou nesta terra. Brilhou como nenhum ser humano brilhou. Amá-lo é um acto inteligentíssimo.

Sei que os católicos estão a ler em massa os meus livros e que muitos padres estão expandindo o número de adeptos nos templos porque têm usado não a grandeza do escritor, mas a grandeza do Mestre dos mestres, do mestre da vida, do mestre do amor.

Correio do Vouga: Há um terreno propício para os seus escritos?

Augusto Cury: Sim, porque há muita gente com conflitos emocionais. As pessoas querem recuperar a saúde psíquica, nesta socie-dade em que é tão fácil adoecer.A personalidade de Jesus estuda-se como qualquer outra da antiguidade?É completamente diferente. Jesus tem uma personalidade extremamente complexa. Ele gostava de saber o que os outros pensavam dele. Instigou os fariseus, perguntando, “quem dizem que é o Cristo?” Estimulava as pessoas. Um dia pergunta: “O que dizem as pessoas de mim?”

Ele não queria seguidores cegos. Queria pensadores que pudessem amar a vida e transformar a sociedade. Não controlava ninguém, nem usava os seus milagres para chantagear. Quando fazia milagres, dizia: “Não contem a ninguém”. E quando queria que o seguissem, convidava: “Quem tem sede venha a mim e beba”. Nunca na história alguém tão grande se fez tão pequeno, para tornar os pequenos grandes.


Correio do Vouga: Acha que a Igreja Católica apresenta bem Jesus Cristo à humanidade?

Augusto Cury: Acho que tem de haver mudanças importantes. Respeito os teólogos e os padres, mas acho que cada padre tem de ser eloquente nas suas homilias, vibrante, com um discur-so que encante as pessoas – como Jesus. O conhecimento da humanidade de Cristo devia fazer parte da formação de todos os líderes espirituais, em especial do catolicismo. Hoje, não se pode ser líder espiritual e não tocar em assuntos como a depressão, angústia, ansiedade, divórcio, dependência de drogas, timidez, insegurança. A sociedade está a adoecer.

Os líderes espirituais têm de conhecer aquele que atingiu o topo da saúde psíquica num ambiente altamente stressante. Por vezes, não percebem que o ser humano está a adoecer rapidamente. Nessa linha, vai o meu livro “Treinando a emoção”. Ser feliz não é um dom, é um treino. O “eu” tem de criticar o pensamento negativo, o pensamento antecipatório, o sentimento de culpa que rumina sobre o passado e esmaga o prazer de viver, o lixo que se acumula todos os dias na nossa mente.


Correio do Vouga: Os seus livros, mesmo quando não falam diretamente de Jesus, inspiram-se na sua mensagem?

Augusto Cury: Sem dúvida. Já referi “Treinando a emoção”, mas o mesmo se passa com “Pais brilhantes, professores fascinantes”. Bons pais dão presentes aos filhos. Pais brilhantes dão as suas historias, as suas lágrimas. Conseguem chorar deles e contar sobre os seus dias mais tristes e pergun-tar: “Filho, quais são as tuas experiências mais dolorosas, quais são os teus sonhos…” Bons pais dão manuais de regras, pais brilhantes vão muito além, ensinam os filhos a pensar. Bons pais preparam os filhos para o sucesso; pais brilhantes preparam os filhos para os fracassos, porque é nos fracassos, nas dores, nas perdas, que aprendemos as mais profundas lições.

Jesus Cristo ensinou os discípulos a lidar com a dor, os medos, a derrota. Preparou os seus discípulos para criarem no caos, a esperarem o mais belo amanhecer na noite mais tempestuosa.Se quisesse convencer alguém a deixar-se encantar por Jesus Cristo, o que lhe diria? Diria para analisar a personalidade de Cristo, sem medo."Jesus levou o Homem a sonhar"No livro “O Mestre dos mestres” faz afirmações como “Cristo, se vivesse hoje, abalaria os fundamentos da psiquiatria e da psicologia”…

Abalaria porque teve a coragem de dizer: “Quem tem sede venha a mim e beba”. No seu interior terão um prazer inesgotável. Que homem era este que tinha coragem de dizer que tinha a fonte da felicidade no seu mais alto nível, a fonte da tranquilidade: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”? Que psiquiatra teria coragem, hoje, de falar assim para os seus pacientes: “Aprendei de mim porque sou uma pessoa tranquila e vivo uma vida plenamente prazerosa”?

A proposta de Jesus levou o homem a sonhar com o mais elevado nível de qualidade de vida social e emocional.E que quer dizer com “Cristo perturbaria o sistema político”?Jesus Cristo não tinha uma equipa de marketing. Ele nem sequer dizia onde ia estar no dia seguinte. As pessoas ficavam tão extasiadas com o seu discurso. Era tão vibrante nas suas ideias, tão eloquente nos seus pensamentos que as pessoas diziam umas para as outras: “Nunca ninguém falou como este homem”.

Não era apenas pelos seus atos sobrenaturais, era pela grandeza das suas ideias. Will Durant, um autor norte-americano, diz que a Inglaterra demorou 800 anos até ter um Shakespeare. A França demorou 800 anos até ter um Montaigne. Nós, na América, não temos grandes filósofos porque temos de lavrar e terra, explorar as minas… Não tivemos tempo de amadurecer o pensamento americano. Ele tem razão nisso. Os americanos são templo da economia, mas não são templo da sabedoria.

Na época de Jesus Cristo havia fome e miséria. As pessoas não estavam interessadas em pensar, elas queriam comer o pão. Com base na tese de Will Durant, as ideias de Jesus Cristo seriam completamente recusadas. As pessoas deviam estar preocupadas com a sobrevivência. Mas quando ele falava, ficavam completamente estimuladas a pensar. Sonhavam com outras possibilidades. Jesus abria o leque da inteligência à arte de pensar.

A única vez que Jesus esteve acima dos outros foi na cruz, mas abalaria o sistema político porque o sistema de comunicação faria plantão 24 horas e a humanidade estaria clamando por ver um pouco das suas ideias.


Correio do Vouga: O que aconteceria hoje a Jesus?

Augusto Cury: Certamente seria assassinado. Seria muito mais famoso hoje, mas seria rejeitado porque as suas ideias não caberiam no nosso mundo. Ainda hoje custa a aceitar que uma prostituta tenha tanto valor como um rei. Um mendigo tenha tanto valor como um presidente da república. Ele deu status ao ser humano. .


Fonte: Correio Vouga - 12/01/2005

Logoterapia

A Logoterapia é um sistema teórico – prático de psicologia, criado pelo psiquiatra vienense Viktor Frankl, que se tornou mundialmente conhecido a partir de seu livro "Em Busca de Sentido" (Um Psicólogo no Campo de Concentração) no qual expõe suas experiências nas prisões nazistas e lança as bases de sua teoria. De acordo com Allport, "trata–se do movimento psicológico mais importante de nossos dias".

A Logoterapia é conhecida como a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia, sendo a Psicanálise Freudiana a Primeira e a Psicologia Individual de Adler a Segunda.

Origem do nome
O termo "logos" é uma palavra grega que significa "sentido". Assim, a "Logoterapia concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido" (Frankl).
"Para a Logoterapia, a busca de sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano... A Logoterapia é considerada e desenhada como terapia centrada no sentido. Vê o homem como um ser orientado para o sentido". Frankl.

Utilização
O homem sempre procurou dar um sentido à sua vida e aprofundar-se em sua existência. A frustração dessa necessidade é um sintoma do nosso tempo. O sofrimento e a falta de sentido configuram o vazio existencial que muitos experimentam. Para esse mal, Frankl foi desenvolvendo durante décadas a Logoterapia.

Frankl não pretendeu "suplantar a Psicoterapia vigente, mas complementá-la e completar também o conceito de ser humano – mais indispensável às ciências do homem do que o método e técnicas corretas". A Logoterapia busca restituir a imagem do homem superando reducionismos, faz uma proposta que não se limita à Psicologia, mas abrange todas as áreas da atividade humana, e busca resgatar aquilo que é especificamente humano na pessoa.

Bibliografia
FRANKL, Vicktor E. Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração. Petrópolis: Editora Vozes, 1991.
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Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Logoterapia

Ligações externas:
http://www.logoterapiaonline.com.br/

Entrevista Path Adams

Patch Adams -Doutor e palhaço. O médico americano cuja vida virou filme diz que o humor e a esperança são bons auxiliares no tratamento dos doentes. Quem vê o médico americano Patch Adams com nariz de palhaço e cabelos coloridos pode achar que ele acabou de sair de um circo. É quase isso. Há três décadas, Adams transforma os quartos dos hospitais que visita em um verdadeiro picadeiro. Sua especialidade é animar pacientes com brincadeiras para reduzir o sofrimento deles.

A vida de Adams foi retratada em 1998 no filme O Amor É Contagioso, com o ator Robin Williams no papel principal, e serviu de inspiração para o surgimento de vários grupos doutores da alegria, espalhados pelo mundo. O médico é autor de três livros, dois deles publicados no Brasil. Neles, Adams defende sentimentos como humor, compaixão, alegria e esperança no tratamento de pacientes e diz que o medo que os médicos têm de cometer erros destrói a relação médico-paciente. Aos 58 anos, Adams dirige o Instituto Gesundheit (saúde, em alemão), nos Estados Unidos, que atende pacientes de graça. Também dá palestras e cursos em vários países. De Arlington, cidade onde mora com a mulher e dois filhos, Adams concedeu a seguinte entrevista a VEJA. Por Rosana Zakabi.


Veja — O filme O Amor É Contagioso mostra o senhor como um médico que se preocupa muito com os sentimentos dos pacientes. O senhor sempre foi assim?
Adams — Nem sempre. No fim da adolescência, não me preocupava com ninguém. Devido à morte de meu pai, ao suicídio de um tio muito querido e ao fim de um namoro, comecei a ficar obcecado pela idéia de morrer. Cheguei a tomar vinte aspirinas de uma só vez, tentei pular de um precipício. Até que um dia pedi a minha mãe que me internasse em um sanatório mental. Lá, conheci gente que estava tão pior que eu que fez minha dor parecer trivial. Eram pessoas que sempre viveram com raiva e desespero. Essa experiência me fez perceber quanto as emoções podem influenciar em nossa vida, seja de forma positiva ou negativa. A partir de então, comecei a dar mais importância aos sentimentos das pessoas.

Veja — Estudos mostram que emoções como o perdão, a alegria e a esperança podem acelerar o processo de cura. Mesmo assim, muitos médicos não se preocupam com isso. Por que eles são tão resistentes a essa idéia?
Adams — Os médicos tendem a esconder os sentimentos porque acham que ficarão vulneráveis se demonstrarem qualquer tipo de emoção. Antigamente existia o médico da família, que ia até a casa de seus pacientes, ouvia com atenção os problemas de cada um e conhecia cada integrante da família pelo nome. Hoje, o paciente é tratado como cliente de loja, que paga para obter o serviço. O amor passou a não ter espaço na área médica. Se o médico gasta tempo com amor, não tem retorno financeiro algum. Só ganha dinheiro se dá um remédio ao paciente ou faz alguma intervenção cirúrgica.

Veja — Em seu livro A Terapia do Amor, o senhor diz que os médicos, em sua maioria, se sentem como se fossem deuses.
Adams — Na verdade, é a sociedade que exige do médico que ele aja como se fosse um Deus. Espera-se que ele faça milagres e não erre nunca. Isso é impossível. Como todo ser humano, o médico pode errar. Essa idéia de que o médico tem de ser perfeito também prejudica a relação com o paciente. Faz com que este coloque toda a responsabilidade do que ocorre com ele nas mãos do médico. E isso é errado. O paciente é mais responsável pela própria recuperação do que o médico que o está tratando.

Veja — Como assim?
Adams — A maioria dos problemas de saúde ocorre por causa do estilo de vida inadequado do paciente, pelo sedentarismo e pela má alimentação. O médico geralmente só é procurado quando a doença já está em estágio avançado. O grande problema é acreditar que a medicina e a ciência têm a resposta para todos os nossos problemas. Não é verdade. Muitas vezes, a solução está em casa, nos pequenos hábitos do dia-a-dia.

Veja — Que conselhos o senhor daria para os médicos se tornarem melhores profissionais?
Adams — Medicina envolve relacionamento entre médico e paciente. Um bom médico é aquele que sabe cultivar essa relação por meio da troca de experiências, amizade, humor, confiança. Se existe desconfiança de um dos lados, essa relação vai por água abaixo. O grande problema da medicina é que os profissionais da saúde se sentem cobrados demais, acumulam várias funções e acham que não são devidamente recompensados por isso. A possibilidade de haver processos contra erros apavora os médicos, e a desconfiança destrói a relação médico-paciente.

Veja — Qual é o papel dos pacientes nessa relação médico-paciente?
Adams — O paciente precisa ter um sentimento amável e verdadeiro em relação a si mesmo. Não há nada pior que um comportamento autodestrutivo no processo de recuperação. É necessário ser um paciente paciente. A medicina não é como um sistema fast food, em que todas as necessidades são rapidamente resolvidas. Por isso, é importante escolher bem o médico, porque é preciso ter confiança nele. O médico demora muito para atender? Peça a ele que agende menos consultas. O paciente tem esse direito.


Veja — Qual é a importância da fé na cura de um paciente?
Adams — Em muitos casos, é mais importante que qualquer pílula ou intervenção cirúrgica. O paciente com fé tem uma capacidade maior de entrega, o que lhe traz conforto em todas as situações. Isso também vale para os familiares de doentes terminais. Quando comecei a trabalhar como plantonista em hospitais, descobri que as famílias que seguiam alguma religião se sentiam mais calmas quando rezavam do que quando tomavam algum tranqüilizante. A partir daí, procurei sempre descobrir se os familiares do paciente seguiam alguma religião. Em muitos casos, até rezava com eles.

Veja — Em sua opinião, é necessário seguir alguma religião para ter fé?
Adams — De forma alguma. Eu, por exemplo, tenho fé, mas não sigo nenhuma religião. A religião é uma instituição, e a espiritualidade é amor e ação. Eu acredito mais na espiritualidade.

Veja — O senhor acredita em Deus?
Adams — Não. Eu acredito na serventia do amor para todas as pessoas.

Veja — Em seus livros, o senhor diz que as pessoas não deveriam ter medo da morte. Pelo contrário, poderiam fazer dela uma diversão. Mas lidar com a morte quase nunca é fácil. Como é possível lidar com a morte com menos sofrimento?
Adams — Na vida, temos de fazer escolhas. Se não há como mudar o rumo dos acontecimentos, podemos optar por vivenciar cada momento de uma forma alegre, agradecendo por tudo de bom que tivemos durante a vida, por nossa família e nossos amigos. Ou, então, achar que a vida não valeu nada, ver só o lado negativo das coisas, esquecer tudo de bom que nos aconteceu até hoje e morrer de forma miserável. Morrer é uma das poucas coisas que ocorrem com todo mundo, mas quase ninguém suporta pensar nisso. O que estou sugerindo é que a morte não precisa ser exatamente uma experiência horrenda.

Veja — Não é difícil fazer palhaçadas para um paciente que vai morrer no dia seguinte?
Adams — Não, porque é o próprio paciente que opta por isso. Eu sempre pergunto: “O que você quer? Você quer ser miserável ou você gostaria de se divertir e ter momentos de alegria?” Se ele quer se sentir miserável no leito de morte, que seja miserável. Se ele não quer ser miserável, nós podemos brincar e rir com ele. É gratificante poder fazer algo de positivo para os pacientes, mesmo os terminais.

Veja — Nos hospitais, é mais fácil fazer brincadeiras com crianças que com adultos?
Adams — Isso varia muito de um paciente para outro, mas em geral as crianças são mais fáceis de lidar, porque, diferentemente dos adultos, elas não param para pensar e refletir sobre o que fazemos. Apenas vivenciam a experiência.

Veja — As escolas de medicina reconhecem hoje a eficiência de sua forma de tratar os pacientes?
Adams — Eu acho que a maioria não dá importância a isso. Grande parte dos médicos, infelizmente, ainda está mais preocupada em garantir seu salário no fim do mês. Eles não gostam da roupa que usam, não gostam de seus pacientes.

Veja — Suas idéias, que não eram aceitas no passado, são divulgadas hoje na maioria dos livros de auto-ajuda. O senhor considera isso uma vitória?
Adams — A verdade é que não criei nada disso. Tudo o que digo já era falado ao longo dos séculos. Palavras de solidariedade, de conforto, conselhos a quem se ama sempre foram passados de mãe para filho, de avó para neto desde que o mundo é mundo. O fato é que as pessoas só começaram a se interessar mais por isso recentemente.

Veja — O senhor costuma dizer que é mais palhaço do que médico. Por quê?
Adams — Porque, como médico, só posso tratar os pacientes quando eles têm algum problema de saúde. Já como palhaço posso alegrar as pessoas em qualquer lugar e a qualquer hora, independentemente de estarem elas doentes ou não. Além disso, ser palhaço é mais divertido.


Veja — O que o senhor achou do filme sobre sua vida?
Adams — Eu gostei do filme, mas achei que poderia ter tido mais emoção, ter sido menos morno.

Veja — Por quê?
Adams — Bem, porque o diretor não teve muita imaginação...

Veja — E da atuação de Robin Williams, o senhor gostou?
Adams — Sim, ele é uma excelente pessoa e um ótimo ator. Ele fez um trabalho fabuloso, todos os meus amigos acharam que ele conseguiu passar a minha essência de forma correta.

Veja — Há semelhanças entre o senhor e Robin Williams?
Adams — Nós somos parecidos em muitas coisas. Ele é muito generoso, tem compaixão pelas pessoas e é muito divertido. Mas também temos algumas diferenças de personalidade.

Veja — Que diferenças?
Adams — Ele é muito mais tímido que eu.

Veja — O filme mudou sua vida?
Adams — Mudou minha vida para sempre. O que não consegui arrecadar em três décadas para a construção do hospital do Instituto Gesundheit obtive em seis semanas. Mas continuei e continuo sendo a mesma pessoa de antes.

Veja — Então, o filme foi positivo para o senhor.
Adams — Ah, sim, sem dúvida. O filme rodou o mundo e fez com que as pessoas conhecessem meu trabalho. Em vários lugares, mesmo os que eu já havia visitado antes, as coisas se tornaram mais fáceis. Consigo falar com as pessoas mais rápido, elas sempre atendem aos meus telefonemas.

Veja — O senhor conhece os Doutores da Alegria do Brasil?
Adams — Sim, encontrei alguns palhaços que fazem um trabalho semelhante ao meu quando estive no Brasil, há alguns anos.

Veja — E o senhor gostou do trabalho deles?
Adams — Sim, muito. São bons colegas de profissão.

Veja — Seu nome verdadeiro é Hunter. Como surgiu o Patch?
Adams — Hunter é meu nome legal. Nem me lembro mais de como surgiu o Patch, foi há quarenta anos, já faz parte de mim. Como surgiu não tem mais importância.

Veja — Há algum sonho que o senhor ainda não realizou e gostaria que se concretizasse?
Adams — A paz mundial. Não haver mais crianças de rua. Ver as pessoas se ajudando mutualmente, todas as famílias se auto-sustentando. Tudo isso são sonhos. Pode parecer utópico, mas acredito que seja possível. É por isso que faço o que faço. Eu trabalho o tempo todo para concretizar meus sonhos. É por essa razão que estou concedendo esta entrevista. Se eu não acreditasse, não faria nada disso.

Fonte: VEJA . Data: 25/02/2004 . Edição 1842


Opinião: A história de Path Adams inspirou e continua a inspirar muitas vidas, inclusive a minha. Algumas frases me ajudaram a formular alguns idéias e conceitos. Hoje a ciência realiza mega investimentos para avançar em estudos e análizes complexas da mente, tudo para se econtrar soluções para a humanidade, mas os muitos resultados são relativos e insatisfatórios.

"As bênçãos de Deus repousarão sobre cada esforço feito para despertar o interesse na reforma de saúde, pois ela é necessária em toda parte. Apresentai a temperança com todas as suas vantagens com relação à saúde. Instruí as pessoas nas leis da vida, de modo que saibam como preservar a saúde. Os esforços como realmente se fazem no presente não vão ao encontro da mente de Deus. A medicação por meio de drogas é uma maldição neste século esclarecido." Ellen White - Medicina e Salvação, pág 259

Frases Path:

"A maioria dos problemas de saúde ocorre por causa do estilo de vida inadequado do paciente, pelo sedentarismo e pela má alimentação. O médico geralmente só é procurado quando a doença já está em estágio avançado. O grande problema é acreditar que a medicina e a ciência têm a resposta para todos os nossos problemas. Não é verdade. Muitas vezes, a solução está em casa, nos pequenos hábitos do dia-a-dia."

“O paciente é tratado como cliente de loja. Se o médico gastar tempo com amor, não tem retorno financeiro. Só ganha dinheiro se dá remédio ou faz alguma intervenção cirúrgica”

“A sociedade exige que o médico aja como se fosse um Deus, faça milagres e não erre nunca. É impossível. Como todo ser humano, ele pode errar. Essa idéia também prejudica a relação com o paciente, que acaba colocando toda a responsabilidade nas mãos do médico”

“O paciente é o maior responsável pela própria recuperação. A maioria dos problemas de saúde decorre do estilo de vida inadequado, da má alimentação e do sedentarismo. O médico em geral só é procurado quando a doença está em estágio adiantado”

Código da Memória

"Pesquisadores estão chegando às regras usadas pelo cérebro na formação de lembranças. A descoberta desse código da memória pode levar ao desenvolvimento de computadores e robôs mais inteligentes e até mesmo a novas formas de observar a mente humana."

A capacidade de aprender com experiências anteriores permite permite a todos animais se adaptar a um mundo que é complexo e está em mutação.

Nossos estudos indicam que as populações de neurônios envolvidas na codificação das lembranças também discernem os conceitos gerais que nos permitem transformar nossas experiências diárias em conhecimentos e idéias.

Nossos resultados deixam os biólogos mais próximos de decifrar o código neuronal universal: As regras que o cérebro segue para converter sequências de impulsos elétricos em percepção, memória, conhecimento e, ao final, comportamento. Essa compreensão pode levar ao desenvolvimento de interfaces máquina-cérebro mais eficazes, a toda a uma nova geração de robôs e computadores inteligentes e talvez até mesmo à elaboração de um livro de código da mente, que possibilitaria decifrar - pelo monitoramento da atividade neuronal - o que o indivíduo está lembrando ou pensando.

Cliques neurais do sistema de memória permitem que o cérebro codifique características -chave de epsódios específicos, e ao mesmo tempo, extraia a informação geral destas experiências que pode ser aplicada a situações futuras, as quais podem compartilhar características essênciais nas variar em detalhes físicos. Essa capacidade de gerar conhecimento e conceitos abstratos a partir de episódios diários, que é a essência de nossa inteligência, nos permite solucionar os problemas sempre novos que um mundo em constante mutação nos apresenta.

Dados sugerem que a organização hierárquica do geral ao específico é um princípio genérico de organização do cérebro.


Fonte: Scientific Amerian Brasil - Edição 63 - Agosto/2007

Penso, logo... sei lá!

"Tentativas de compreender a conciência revelam toda a sofisticação do funcionamento do cérebro. Mas há quem acredite que o problema é simplesmente insolúvel."

O fato é que atualmente as neurociências não podem explicar nem sequer como o cérebro saudável é capaz de gerar a consciência, nem sabem se ela pode ser explicada apenas pelo funcionamento cerebral.
Aliás, nem sequer possuímos uma definição científica, do que ela seja. E embora haja uma legião de neurocientistas, psicólogos e filósofos trabalhando na área, alguns estudiosos apostam que a questão vá permanecer sem resposta - um problema além da compreensão humana.

Maestro invisível


De todas as perguntas fascinantes que fazemos sobre o Universo e sobre a vida, talvez nenhuma seja tão misteriosa e importante quanto a questão do funcionameno do cérebro.

É graça a ele que amamos, sonhamos, sofremos, corremos, nadamos, nos lembramos do passado ou apreciamos uma boa refeição. É graças a ele que você é você.

No século passado, ciêntistas determinaram que o cérebro é formado de pequenas entidades capazes de se comunicar entre si por meio de impulsos elétricos. Essas unidades fundamentais, os neurônios, são os "átomos" do cérebro, em torno de 100 bilhões deles. Eles se comunicam por meio de dentritos (receptores) e axônios (transmissores), tentáculos que recebem centenas de trilhões de conexões entre os vários neurônios. O poder de processamento é como um hipercomputador, no qual cada neurônio é uma CPU.

O resultado é uma entidade eletrobiológica capaz de captar, por meio dos cinco sentidos, uma quantidade gigantesca de informação e, após processá-la, de recriar, integrando a essa, informação toda, o que chamamos de percepção da realidade. Ou seja, o que chamamos de "realidade" é uma recriação do cérebro, o mais perfeito dos simuladores virtuais.

Um dos sonhos dos cientistas de computação é a criação de uma máquina capaz de pensar, uma inteligência artificial.

Quanto mais aprendemos sobre o cérebro, mais impressiona a sua complexidade.

Nos últimos dez anos, tecnologias, de visualização não-invasivas, como a Imagem por Ressonância Magnética (MRI) e a Tomografia por Pósitrons (PET), vem permitindo o estudo do funcionamento do cérebro em tempo real, ou perto disso. Essas pesquisas revelam a enorme capacidade que os neurônios têm de funcionar em grupo, alguns milhares deles, como estrelas piscando a noite, e de diferentes grupos comunicarem-se em regiões diferentes do cérebro, como se fossem instrumentos numa orquestra regida por um maestro invisível.

Obtido em Revista Galileu - Junho/2007

Opinião: O cérebro, essa eletrobiológica entidade altamente complexa tem sido alvo de intensas pesquisas e análise de diversas áreas da ciência. É fato, que quanto mais a ciência avança em descobertas sobre o cérebro, mais se torna evidente a pequenês do conhecimento existente, diante de tamanha complexidade. Interrogações quanto a origem do pensamento, onde se formula as ideias, qual é o órgão da consciência, essas e tantas outras perguntas nos faz lembrar de um transcendente Maestro invisível, o qual pode ser o único a prover respostas ao homem.

Ellen White sobre Hipnose

A seguir, declarações sobre o problema da hipnose, que em alguns círculos médicos é considerada favoravelmente, como meio de terapia. Os específicos conselhos de Ellen G. White, acerca do emprego da hipnose no tratamento dos doentes, e indicando os perigos de usá-la de qualquer modo, são muito oportunos hoje.
O Perigo da Hipnose
Advertência a Médicos que Empregam Métodos Hipnóticos

É perigoso para quem quer que seja, ... esforçar-se por influenciar outra mente humana para ficar sob o controle de sua própria mente. ... Permiti-me dizer-vos que essa "cura mental" é uma ciência satânica. Toda a filosofia dessa ciência é uma obra-prima de engano satânico.

Nenhum de vós deve estudar a ciência em que tendes estado interessados. Estudá-la é apanhar o fruto da árvore da ciência do bem e do mal. Deus vos livre, a vós e a qualquer outro mortal de aprender ou ensinar tal ciência. Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 349, 350.

Separai de vós tudo quanto tenha sabor de hipnotismo, a ciência pela qual os instrumentos satânicos operam. Carta 20, 1902.

Ciências Relativas à Mente
Nestes dias em que tantas vezes o ceticismo e a descrença se apresentam com roupagens científicas, precisamos guardar-nos de todo lado. Por esse meio nosso grande adversário está enganando a milhares, e levando-os cativos segundo a sua vontade. Tremenda é a vantagem que ele tira das ciências - ciências relativas à mente humana. Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 351.


Por meio dessas ciências é destruída a virtude, e são lançadas as bases do espiritismo. The Signs of the Times, 6 de novembro de 1884

Por milhares de anos Satanás tem estado fazendo experiências sobre as propriedades da mente humana, e tem aprendido a conhecê-la bem. Mediante sua obra sutil nestes últimos dias, está ligando a mente humana com a sua própria imbuindo-a de seus próprios pensamentos; e ele está fazendo esta obra de maneira tão enganadora, que os que lhe aceitam a direção não sabem que estão sendo conduzidos por ele segundo lhe apraz. O grande enganador espera confundir a mente de homens e mulheres de tal maneira que nenhuma outra voz senão a sua seja ouvida. Mensagens Escolhidas, vol. 2, págs. 352, 353.

Para saber mais:
O Perigo da Hipnose

O Gene de Deus

"Deus colocou a eternidade no coração dos homens", diz a Bíblia. Muitos neurocientistas concordam: estão convencidos de que a origem da espiritualidade humana esteja na genética ou na anatomia.
Pesquisadores como Beauregard, que tentam descobrir as bases neurais dos sentidos religiosos, têm sido chamados de neurólgos.

A idéia da existência de um módulo divino agradou particularmente aos biólogos evolucionistas, que indagavam há muito tempo por que a fé em divindade ou em entidade sobrenatural é um fenômeno tão difuso na história da humana.
"A minha descoberta não tem nada a ver com a demonstração da existência ou não da divindade ou com a idéia de que a fé é necessária à sobrevivência da espécie humana", enfatiza. "Tentei somente entender se a experiência religiosa de fato se origina do cérebro e onde isso ocorre exatamente."
Para Ramachandran, é possível que o homem esteja conformado para crer; ele usa a metáfora da existência de um hardware da espiritualidade no cérebro.
Dalai Lama, lider do budismo tibetano, criou e financiou o Mind and Life Institute (http://www.mindandlife.org/), um centro de pesquisa que tem o objetivo de estudar o cérebro durante a meditação e as experiências místicas.


Fonte: Revista Viver Mente e Cérebro - Janeiro/2007



Opinião: Interessante como a ciência atualmente tem se dedicado a pesquisas e estudos sobre Deus e sua incontestável influência na vida humana.

Psicanálise

Psicanálise é um método desenvolvido pelo médico neurologista alemão Sigmund Freud de investigação e de tratamento psíquico do inconsciente.

Conceituação
A psicanálise surgiu na década de 1890, com Sigmund Freud, um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Conversando com os pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram da inaceitação cultural, sendo assim reprimidos seus desejos inconscientes e suas fantasias de natureza sexual. Desde Freud, a psicanálise se desenvolveu de muitas maneiras e, atualmente, há diversas escolas.

O método básico da Psicanálise é a interpretação da transferência e da resistência com a análise da livre associação. O analisado, numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente. Sonhos, esperanças, desejos e fantasias são de interesse, como também as experiências vividas nos primeiros anos de vida em família. Geralmente, o analista simplesmente escuta, fazendo comentários somente quando no seu julgamento profissional visualiza uma crescente oportunidade para que o analisante torne consciente os conteúdos reprimidos que são supostos, a partir de suas associações. Escutando o analisando, o analista tenta manter uma atitude empática de neutralidade. Uma postura de não-julgamento, visando a criar um ambiente seguro.
O conceito de inconsciente fora usado por Leibniz 200 anos antes de Freud, também sendo usado por Hegel para construir sua dialética hegeliana.
A originalidade do conceito de Inconsciente introduzido por Freud deve-se à proposição de uma realidade psíquica, característica dos processos inconscientes. É preciso diferenciar inconsciente, sem consciência, de Inconsciente, conforme elaborado por Freud, que diz respeito a uma instância psíquica basilar na constituição da personalidade.

Muitos colocam a questão de como observar o Inconsciente. Se a Freud se deve o mérito do termo "inconsciente", pode-se perguntar como foi possível a ele, Freud, ter tido acesso a seu inconsciente para poder ter tido a oportunidade de verificar seu mecanismo, já que não é justamente o inconsciente que dá as coordenadas da ação do homem na sua vida diária. É nesse sentido que Freud formulou a expressão Psicopatologia da vida cotidiana. Como observá-la senão pelos efeitos inconscientes?

A pergunta por uma causa ou origem pode ser respondida com uma reflexão sobre a eficácia do inconsciente, eficácia que se dá em um processo temporal que não é cronológico, mas lógico. Não é possível abordar diretamente o Inconsciente, o conhecemos somente por suas formações: atos falhos, sonhos, chistes e sintomas.

Outro ponto a ser levado em conta sobre o inconsciente é que ele introduz na dimensão da consciência uma opacidade. Isto indica um modelo no qual a consciência aparece, não como instituidora de significatividade, mas sim como receptora de toda significação desde o inconsciente. Pode-se perguntar: de que modo o inconsciente poderia estar informado sobre os progressos da investigação psicanalítica a menos que fosse, precisamente, uma consciência?

Correntes, dissensões e críticas
Diversas dissidências da matriz freudiana foram sendo verificadas ao longo do século XX, tendo a psicanálise encontrado seu apogeu nos anos 50 e 60.
Entre as principais dissensões, registra-se a de Reich, em 1930, e de Fromm, um pouco depois, preconizando este psicanalista que o estudo do amor deveria superar a visão sexista vigente.

A visão da Psicanálise de Sigmund Freud trouxe avanços principalmente nos estudos mais atuais. Podemos observá-los na aprendizagem, cura de fobias e traumas, medos, estado emocional e outras contribuições de mecanismos e de problemas transderivacionais do cérebro.
Sua contribuição para o conhecimento humano e sua psicologia é inegável. O verdadeiro choque moral provocado pelas idéias de Freud serviu para que a humanidade rompesse seus tabus e preconceitos na compreensão da sexualidade.

Centenário
Em 1995 a Psicanálise completou um século como a ciência do Inconsciente. A Psicanálise, além de ciência, é também um método de tratamento de doenças psíquicas e, inclusive, um método de pesquisa. A fonte teórica inicial da Psicanálise é a Neuropatologia. Após Freud, muitos outros psicanalistas contribuiram para o crescimento do corpo teórico da Psicanálise, pois todo o conhecimento científico é acumulativo e progressivo.

A formação de um psicanalista é um processo lento, longo e difícil. É feita em Institutos de Psicanálise de Instituições Psicanalíticas. Entretanto é comum confundirem psicólogos com psicanalistas. A sexualidade humana, berço da vida e do amor, pode ser ao mesmo tempo o berço de neuroses, psicoses, desvios narcísicos de personalidade e é também a nascente inicial da Psicanálise. A sexualidade em Freud deve ser entendida em seu sentido amplo e não restrito, ou seja, a sexualidade como manifestação do prazer no organismo.

A cura psicanalítica (segundo os psicanalistas) é um processo lento e gradativo. Quando uma pessoa precisar de um psicanalista, deve recorrer a uma Instituição Psicanalítica que lhe indicará alguns nomes para a sua escolha. Um dos grandes empecilhos para o tratamento psicanalítico é o alto custo das consultas e do tratamento por consequência, o que faz da psicanálise algo restrito às classes mais abastadas. Essa situação ocorre mesmo em países de alto padrão de vida. .


Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Psican%C3%A1lise

Psicologia

A psicologia (do grego Ψυχολογία; ψυχή (psique), "alma", e λογία (logos), "palavra", "razão", "estudo") é a ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano e animal (para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada). Neste ponto é necessário uma informação importantíssima: o corpo e a mente não são separados, quando fala-se que o estudo se dá pelo viés da mente e/ou pelo viés do corpo, é necessário informar que essa é uma elaboração teórica, já que existem estudos, com grande comprovação ao longo das datas, que mostram a influência de um sobre o outro. Para estes fins, há vários métodos, como a observação, estudos de caso, estudos em neuropsicologia entre outros estudos multidisciplinares.

Outro objeto de estudo da psicologia são as personalidades desviantes, com comportamentos inadaptáveis, chamados de Psicopatologia. Como dito, a partir do pressuposto básico que existe um monismo - e não um dualismo como Descartes apregoou - este ramo do conhecido tem seus estudos voltados a esse axioma principal. Entre outras atuações que esta ciência permite ao profissional da área, estão a explicação dos mecanismos envolvidos em determinados comportamentos, assim como preveni-los e modifica -los.

A psicologia é uma ciência considerada tanto das áreas sociais, ou humanas, como da área biomédica (por exemplo, a neuropsicologia faz parte deste espectro), assim ela é estudada tanto em métodos quantitativos como em métodos qualitativos. Estes métodos aplicam-se ao estudo dos processos psíquicos, geradores de comportamentos e vice-versa. Os estudos clássicos em psicologia baseavam-se justamente nos comportamentos, que eram diretamente observados, que faziam com que o psicólogo inferisse um processo psíquico; porém, com os avanços das neurociências, na actualidade, também é possível, mesmo que rudimentarmente, estudar os processos psíquicos na sua origem. A introspecção é outro método para chegar aos processos conscientes. Existem vários outros métodos desenvolvidos, cada um para estudo de um ou mais processos mentais.

Cabe à psicologia estudar questões ligadas à personalidade, à aprendizagem, à motivação, à memória, à inteligência, ao funcionamento do sistema nervoso, e também à Comunicação Interpessoal, ao desenvolvimento, ao comportamento sexual, à agressividade, ao comportamento em grupo, aos processos psicoterapêuticos, ao sono e ao sonho, ao prazer e à dor, além de todos os outros processos psíquicos e comportamentais não citados. .


Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia

Psiquiatria

Psiquiatria é o ramo da Medicina que lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das doenças mentais, sejam elas de cunho orgânico ou funcional, tais como depressão, doença bipolar, esquizofrenia e transtornos de ansiedade. A meta principal é o alívio do sofrimento psíquico e o bem-estar psíquico. Para isso, é necessária uma avaliação completa do doente, com perspectivas biológica, psicológica, sociológica e outras áreas afins. Uma doença ou problema psíquico pode ser tratado através de medicamentos ou várias formas de psicoterapia.

A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer "arte de curar a alma".

Os transtornos psiquiátricos são descritos por suas características patológicas, ou psicopatologia, que é um ramo descritivo destes fenômenos. Muitas doenças psiquiátricas ainda não tem cura. Enquanto algumas têm curso breve e poucos sintomas, outras são condições crônicas que apresentam importante impacto na qualidade de vida do paciente, necessitando de tratamento a longo prazo ou por toda a vida. A efetividade do tratamento também varia em cada paciente.

A Prática da Psiquiatria
Psiquiatras são os mais conhecidos profissionais de saúde mental. São médicos que se especializam no tratamento da doença mental, através do modelo biomédico de abordagem das perturbações psíquicas, incluindo o uso de medicamentos. Os psiquiatras também podem passar por treinamento significativo para conduzir sessões de psicoterapia e terapia em psicologia cognitiva e psicologia comportamental. Psicólogos são profissionais especializados no emprego e pesquisa destas técnicas. A duração do treinamento em terapia de um psiquiatra varia de região para região.Os psiquiatras podem trabalhar apenas em clínica ou dedicar-se à pesquisa ou à vida acadêmica.
Os psiquiatras e os médicos assistentes são os únicos profissionais de saúde mental que podem realizar exames físicos, solicitar e interpretar análises laboratoriais, eletroencefalograma (EEG) e exames como Tomografia computadorizada (CT), Ressonância magnética (RM) e PET (Tomografia por emissão de pósitrons). O profissional tem que avaliar o paciente em busca de problemas médicos que possam ser a causa da perturbação mental.

Subespecialidades
Alguns psiquiatras especializam-se em certos grupos etários como pedopsiquiatras (especialistas em crianças e adolescentes) e os gerontopsiquiatras (especialistas em problemas psiquiátricos dos idosos). Muitos médicos que redigem laudo de sanidade (tanto em casos civis quanto criminais) são psiquiatras forenses, que também se especializaram no tratamento de criminosos e ou pacientes que apresentam periculisidade.
A Associação Brasileira de Psiquiatria reconhece as seguintes subespecialidades em psiquiatria:
Psiquiatria da infância e adolescência ou Pedopsiquiatria Psiquiatria forense Psicogeriatria, Psiquiatria da terceira idade ou Gerontopsiquiatria Psicoterapia Interconsulta em Hospital Geral ou Psiquiatria de Ligação Outras estão em fase de avaliação.

Áreas de Estudo
Psicopatologia, ou ciência que estuda os comportamentos anormais Emergência Psiquiátrica ou atendimento de casos críticos como doentes em crise (psicose, tentativa de suicídio, por exemplo) Psiquiatria da Infância e Adolescência, que atende problemas específicos desta faixa etária (autismo, Transtorno do deficit de atenção e hiperatividade) Psiquiatria Geral, estudo e atendimento de casos em psiquiatria em adultos (depressão nervosa, esquizofrenia) Psiquiatria da terceira idade, especializada no atendimento de problemas como Mal de Alzheimer e manifestações psíquicas da Síndrome de Parkinson Psicoterapia Toxicodependência ou abuso e dependência de drogas, lícitas e ilícitas Psiquiatria de ligação ou Interconsulta psiquiátrica, que diz respeito ao atendimento de sintomas psíquicos em doenças de outros sistemas, especialmente em doentes internados em hospitais gerais (por exemplo, delírio causado por reações à anestesia ou à baixa oxigenação em doentes cardíacos) Psiquiatria forense Epidemiologia psiquiátrica, que estuda risco e prevalência de doenças na população Psiquiatria Comunitária Psiquiatria Transcultural ou estudo das diversas manifestações da doença psíquica nas diferentes culturas Além destas, na formação do psiquiatra são também fundamentais conhecimentos de Medicina interna, neurologia, radiologia, psicologia, sociologia, farmacologia e psicofarmacologia

O Tratamento em Psiquiatria
A terapêutica psiquiátrica evoluiu muito nas últimas décadas (veja também História da Psiquiatria). No passado os pacientes psiquiátricos eram hospitalizados em Hospitais psiquiátricos por muitos meses ou mesmo por toda a vida. Nos dias de hoje, a maioria dos pacientes é atendida em ambulatório (consultas externas). Se a hospitalização é necessária, em geral é por poucas semanas, sendo que poucos casos necessitam de hospitalização a longo prazo.
Pessoas com doenças mentais são denominadas pacientes (Brasil) ou utentes (Portugal) e são encaminhadas a cuidados psiquiátricos mais comumente por demanda espontânea (doente procura o médico por si mesmo) ou encaminhadas por outros médicos. Ocasionalmente uma pessoa pode ser encaminhada por solicitação da equipe médica de um hospital, por internação psiquiátrica involuntária ou por solicitação judicial. .



Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Psiquiatria

Neurociência

A neurociência é um termo que reúne as disciplinas biológicas que estudam o sistema nervoso, especialmente a anatomia e a fisiologia do cérebro humano.
Essencialmente é uma prática interdisciplinar, resultado da interação de diversas áreas do saber ou disciplinas científicas como, por exemplo: neurobiologia, neurofisiologia, neuropsicologia, neurofarmacologia, extendendo-se essa aplicação à distintas especialidades médicas como por exemplo: neuropsiquiatria, neuroendocrinologia, neuroepidemiologia, psiconeuroimunoendocrinologia etc.

A complexidade do objeto de estudo do sistema nervoso e em especial do sistema nervoso central da espécie humana exige tal interface de pesquisas.
Existem pelo menos 5 maneiras de estudar a relação entre sistema nervoso e comportamento e/ou sua fisiologia:
1. O espectro animal – diversidade de modelos que a natureza oferece e os padrões reconhecíveis de comportamento e de estrutura anatômica e bioquímica.
2. As diversas patologias e lesões anatômicas e suas conseqüências funcionais. Para Deficiência Mental por exemplo, já se conhece pelo menos 200 causas.
3. Os estágios do desenvolvimento humano/animal e envelhecimento. Existem estágios previsíveis de modificação anatômico-funcional e comportamental nas diversas fases do desenvolvimento humano.
4. Efeito de drogas em diferentes sítios anatômicos, Existe certo consenso quanto a 3 formas básicas de efeito farmacológico de drogas no sistema nervoso. As substancias psicoativas podem ser classificadas como Lépticas (estimulantes); Analépticas (depressoras) e Dislépticas (modificadoras). è nesse último grupo que se enquadram as substâncias conhecidas como alucinógenos ou enteógenos.
5. Estudo da mente (psique) e/ou comportamento. Para um grande conjunto de alterações comportamentais estudadas pela psicopatologia e criminologia ainda não existe consenso sobre suas causas biológicas e psicossociais. O mesmo pode ser dito para alterações psiconeuroendócrinofsiologicas da experiência religiosa ou êxtase religioso e estados alterados de consciência induzidos por técnicas como meditação e yoga.

Múltiplas interrelações entre esses diversos métodos e possibilidades de estudos são possíveis, contudo ainda não existe grandes teorias que façam da neurociência uma única teoria ou método científico com suas múltiplas aplicações práticas na área médica (Neurologia, Psiquiatria, Anestesia, Endocrinologia, Medicina Psicossomática) ou paramédica (Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional etc.). .


Obtido em http://pt.wikipedia.org/wiki/Neuroci%C3%AAncia