Maestro invisível


De todas as perguntas fascinantes que fazemos sobre o Universo e sobre a vida, talvez nenhuma seja tão misteriosa e importante quanto a questão do funcionameno do cérebro.

É graça a ele que amamos, sonhamos, sofremos, corremos, nadamos, nos lembramos do passado ou apreciamos uma boa refeição. É graças a ele que você é você.

No século passado, ciêntistas determinaram que o cérebro é formado de pequenas entidades capazes de se comunicar entre si por meio de impulsos elétricos. Essas unidades fundamentais, os neurônios, são os "átomos" do cérebro, em torno de 100 bilhões deles. Eles se comunicam por meio de dentritos (receptores) e axônios (transmissores), tentáculos que recebem centenas de trilhões de conexões entre os vários neurônios. O poder de processamento é como um hipercomputador, no qual cada neurônio é uma CPU.

O resultado é uma entidade eletrobiológica capaz de captar, por meio dos cinco sentidos, uma quantidade gigantesca de informação e, após processá-la, de recriar, integrando a essa, informação toda, o que chamamos de percepção da realidade. Ou seja, o que chamamos de "realidade" é uma recriação do cérebro, o mais perfeito dos simuladores virtuais.

Um dos sonhos dos cientistas de computação é a criação de uma máquina capaz de pensar, uma inteligência artificial.

Quanto mais aprendemos sobre o cérebro, mais impressiona a sua complexidade.

Nos últimos dez anos, tecnologias, de visualização não-invasivas, como a Imagem por Ressonância Magnética (MRI) e a Tomografia por Pósitrons (PET), vem permitindo o estudo do funcionamento do cérebro em tempo real, ou perto disso. Essas pesquisas revelam a enorme capacidade que os neurônios têm de funcionar em grupo, alguns milhares deles, como estrelas piscando a noite, e de diferentes grupos comunicarem-se em regiões diferentes do cérebro, como se fossem instrumentos numa orquestra regida por um maestro invisível.

Obtido em Revista Galileu - Junho/2007

Opinião: O cérebro, essa eletrobiológica entidade altamente complexa tem sido alvo de intensas pesquisas e análise de diversas áreas da ciência. É fato, que quanto mais a ciência avança em descobertas sobre o cérebro, mais se torna evidente a pequenês do conhecimento existente, diante de tamanha complexidade. Interrogações quanto a origem do pensamento, onde se formula as ideias, qual é o órgão da consciência, essas e tantas outras perguntas nos faz lembrar de um transcendente Maestro invisível, o qual pode ser o único a prover respostas ao homem.

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